sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Trabalho Marketing Político | Política – Forma e Conteúdo (Professora Andressa Carmona)



Há quem diga que mexer com política é a maior chatice. Discordo!

Se compararmos a política com os campeonatos de futebol por exemplo, garanto que vai embora toda a chatice, dando lugar a ansiedade de ver seu “jogador” crescendo na disputa, a emoção de vê-lo conquistar a confiança do “torcedor” e a esperança de ver seu “time” ganhar!!!
Viu como pode ser interessante comparar a política com o futebol?
Vamos então para mais comparações: No futebol, o jogador não cresce ou ganha fama por que ele veio de família pobre, estudou em colégios públicos, morou na favela, passou fome e etc., ganha fama se for lá e fizer gol, se souber driblar, correr ou defender. Ou seja, o conteúdo do jogador, não interfere tanto na hora de classificar seu time; mas a forma como ele joga, tem total relevância!
No futebol acompanhamos cada desempenho do nosso time no campo. Às vezes, em jogos contra o mesmo adversário, seu time ganha, no outro empata, no outro perde... e o que aconteceu em cada atuação para resultados tão diferentes? Foi o conteúdo do jogador que fez diferença? Não! Foi  a forma como ele jogou. Por falar em jogador, ele sabe que para ter a galera gritando seu nome na hora do jogo e ganhar o incentivo e calor  da torcida, precisa convencer e ganhar confiança do povo.
E na política? Da mesma maneira! Na hora do “jogador” (candidato) se apresentar aos “torcedores” (eleitores), o que faz total diferença não é o que o candidato vai apresentar ao eleitor e sim como ele vai apresentar suas propostas. Como ele fala, gesticula, suas expressões, como se veste, etc. A forma como ele se comporta em campo é o que mantém seu time na série A e conquista a tão sonhada vitória. Depois, é só comemoração!
Hoje, na política, temos dois candidatos na série A e eles estão em uma disputa acirrada! Já vimos de tudo entre os dois: do “carrinho” de José Serra, quando ataca a candidata Dilma sobre a possível volta do Dirceu caso a jogadora ganhe, o que pode render-lhe um cartão amarelo e nesse caso o torcedor também faz papel de juiz; até o “gol contra” da Dilma quando fala que o governo dela será uma continuidade do de Lula, mas a propaganda política é iniciada com a palavra mudança.. Afinal, vai melhorar ou vai mudar? É.. foi mesmo um gol contra!
Mas também, tivemos e ainda temos as faltas. Falta a Dilma nos comícios, falta a Dilma nas ruas, falta a intimidade da Dilma com as câmeras em debates e isso favorece o adversário que pega a bola com o time parado e chuta à gol, assim como faz, e muito bem feito, a candidata da série B Marina Silva que aliás, possui uma desenvoltura especial. Ela tem fala tranqüila e firme que passa confiança ao eleitor. Por falar em Marina Silva, essa candidata é a que se mantém mais firme à sua aparência habitual. Poucas mudanças a colocaram como uma mulher coerente e autêntica.
O mesmo não pode ser dito da candidata do PT. Dilma não só mudou o corte e a cor dos cabelos, como modelou as sobrancelhas, se submeteu à intervenções cirúrgicas no rosto e clareou os dentes. Tudo em função de passar uma imagem materna, mais feminina e confiável. O eleitor tem necessidade primordial de se sentir protegido e amparado, de sentir que seus problemas são vistos e que alguém se preocupa com isso. Quer imagem melhor do que a de mãe? Gol de placa!
Algumas mudanças também podem ser notadas no candidato tucano porém, bem menos invasivas. Ele continua ostentando as olheiras e a calvície, o que lhe dá um ar elitista, mas corrigiu cirurgicamente os excessos do rosto e agora está mais sorridente.
O candidato sempre marca gols a favor quando o assunto é falar em público. Ele sabe lidar com a imprensa, mas leva um “frango” toda vez que tenta comunicar que é de “família modesta” já que esse não é o ponto forte a ser explorado pelo mesmo. Uma falta grave ele comete desde o início de sua campanha, é a de não aproveitar a imagem do também tucano e ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso, já que seria fácil lembrar o povo todas as benfeitorias feitas pelo mesmo e marcar vários gols!
Muitas mudanças foram feitas para ajuste das imagens dos candidatos principalmente por causa do meio de comunicação de massa: A TV. Ela transformou o jeito de fazer política, pois o sucesso é rápido porém curto e, onde tudo é informação, pode aparecer resultados benéficos ou maléficos. E é nessa hora que todos os candidatos ficam torcendo para sofrer um pênalti, pois a dor da rasteira pode ser lembrada, mas a alegria de mais um gol no placar, jamais é esquecida!
Agora, quanto à segunda divisão, eu digo: cuidado com a Marina Silva. Ela pode não ser a favorita, mas vem realizando um trabalho que pode levar a eleição para o segundo turno e no próximo campeonato, voltar como favorita ocupando um lugar de destaque. Não foi assim que aconteceu com o “Timão”?

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